quinta-feira, 30 de junho de 2011

Uma Equipe Jovem, Moderna, Agressiva

 

Sentei-me para ver o jogo São Paulo x Botafogo e estranhei a escalação do São Paulo. Cadê os craques? Cadê os jogadores decisivos, que fizeram o São Paulo ganhar os 5 primeiros jogos do Basileirão? Agora entendi porque o SP tomou de 5 do Corinthians, só não sei como ganhou todas as anteriores.

Jogo começa e minha impressão se comprova. São Paulo não ameaça, joga como time pequeno e pouco vai ao ataque. Já o Botafogo vai pra cima e consegue uma justa e fácil vitória.

Quando Joel Santana saiu do Botafogo, todo torcedor estava desanimado. O time jogava retrancado, e tomava pressão todos os jogos.

Quando Caio Jr. chegou, ele prometeu um futebol moderno, ofensivo, técnico. E felizmente, é isso que estamos vendo.

Do meio-campo pra frente, todo mundo joga em velocidade. Maicosuel ainda não entrou em forma, mas se esforça e logo logo será o mesmo de sempre. Everton e Herrera, se não são um sonho de jogador, pelo menos cumprem sua função taticamente. E Elkeson é uma grata surpresa e será, sem dúvida, candidato a revelação na entrega de prêmios da CBF no fim do ano. Aliás, Elkeson será tema de meu próximo texto.

Enfim, Botafogo dormiu em terceiro lugar e tem tudo para ficar no alto da tabela por mais tempo. Graças ao Caio Jr., que está montando uma equipe, em sua própria definição, jovem, moderna, agressiva!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Escalação do Brasil na Copa América

Copa América prestes a começar, e resolvi me intrometer na decisão do Mano Menezes, sugerindo minha escalação ideal para a seleção Brasileira.

Minha seleção iria a campo com: Julio Cesar, Maicon, Lúcio, Thiago Silva e André Santos, Lucas Leiva, Ramirez e Ganso, Robinho, Neymar e Pato.

Primeiramente, gostaria de dar um adendo, informando que meu goleiro reserva seria o Jefferson, que é muito mais seguro que o Vitor, que volta e meia falha.

Quanto a lateral direita, prefiro o Maicon ao Daniel Alves. Acho mais completo, mais atleta. É a minha única mudança em relação a seleção que Mano tem treinado.

Sempre gostei de 4-3-3, e finalmente agora estamos usando na seleção.

Prefiro Robinho, mas que ele abra o olho, pois se não render o que se espera dele, tem o Lucas voando para pegar a posição. Inclusive, faria essa mudança de olhos fechados em todos os jogos.

Enfim, a seleção de Mano vai ter bom rendimento na Copa, não tenho dúvida. Só precisamos, mesmo, é de um outro atacante com o mesmo potencial de Pato, para ser a sombra dele.

E que a Argentina se segure, porque se bobear, ganhamos na casa deles!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Santos – Campeão da Libertadores

O Santos sagrou-se, na noite do último dia 22, tricampeão da Copa Libertadores da América.

Título justíssimo!

Como dá voltas este mundo da bola! Se lá na Europa as coisas pouco mudam e a Champions League costuma correr dentro do previsto (salvo um ou outro tropeço ou zebra), aqui na Libertadores as coisas mudam, e muito.

Quando a competição começou o Santos era comandado por Adílson Batista e não mostrava segurança nenhuma. O Corinthians tentava se remontar após o fiasco de ser “Toliminado”. O Cruzeiro se apresentava de forma arrasadora. Inter e Grêmio seguiam sem empolgar ou assustar, e o Fluminense só segurava a crise por ser o atual campeão brasileiro.

Eis que Muricy Ramalho pediu a conta no Fluminense. Logo começaram as especulações de que ele iria para a Vila Belmiro substituir o já demitido Adílson Batista, o que acabou acontecendo semanas depois. Enquanto isso, a queda coletiva dos brasileiros deixou apenas o Santos representando o Brasil na Libertadores.

Para alguns esta era a trágica chegada do retranqueiro, que acabaria com a vocação ofensiva e sepultaria de vez aquele Santos que encantou o Brasil no começo de 2010. Para outros, era a promissora união dos craques da Vila com um treinador muito vencedor e experiente, conhecido por armar ótimas defesas, e ganhar sem encantar.

De fato, Muricy arrumou a defesa. Edu Dracena e Durval são bons zagueiros e Adriano cumpriu bem o papel de cão-de-guarda no meio-campo. Rafael ganhou confiança no gol... e a defesa, antes exposta, virou uma muralha.

E o restante? Ora, se Muricy conseguiu ganhar quatro dos últimos cinco brasileiros com talentos individuais apenas bons ou razoáveis, o que poderia acontecer com Ganso e Neymar como protagonistas, e Arouca, Léo, Danilo e Elano como coadjuvantes?

Título!

Não foi fácil.

Começou com a árdua tarefa de, muito desfalcado, vencer o Cerro Porteño no Paraguai, e o Santos conseguiu.

Depois disso, veio a maratona de jogos de um time que queria conquistar tudo. O título paulista e avançar na Libertadores... e o Santos conseguiu.

Vieram as lesões, principalmente a de Ganso. Ficaram para trás América, Once Caldas, novamente o Cerro... e sobrou o Peñarol, tradicionalíssimo clube uruguaio campeão continental por 5 vezes, sendo a última a 24 anos, embalado por sua fanática e impressionante torcida. Sem dúvidas, um desafio e tanto, mas... o Santos conseguiu.

Sim, Muricy voltou a ganhar, novamente com segurança e sem encantar. Sem encantar na tática, mas por Neymar...

Qualquer dia falo mais sobre este já firmado craque, que assim como Ganso me renova as esperanças na seleção brasileira.

E tomara que, ao final do ano, possamos constatar que:

“Muitos clubes tentaram tirar Ganso e Neymar da Vila, mas a diretoria convenceu os craques a ficarem... e o Santos consegiu.”

“O Santos foi a campo contra o ‘imbatível’ Barcelona, apostando na eficiente aplicação tática e na genialidade de Ganso e Neymar para levar o tri-mundial... e o Santos conseguiu”.

SANTOS – O MELHOR DA AMÉRICA

Desde que o Santos atropelou o São Paulo, na semifinal do campeonato paulista de 2010, eu não me canso de ver os jogos desse time. É o futebol técnico, pra frente, bonito de se ver, que todo santista e todo botafoguense adora ver, por ser de nossa tradição esse tipo de jogo.

Pois bem, neste 22 de junho de 2011 ficou comprovado o que já sabíamos: O Santos é o melhor time das Américas.

Gostaria de analisar os jogadores e as posições desse time campeão:

Goleiro: Rafael, com 21 anos, se mostrou seguro e com boa técnica, e descobrimos que a posição que mais temíamos estava bem guardada.

Zaga: Edu Dracena e Durval. 2 zagueiros experientes que não estavam se encontrando no início do ano. O que podia estar faltando? A resposta é simples: um bom técnico. Muricy chegou e os fez render o melhor deles. Resultado: uma zaga que quase não toma gol!

Lateriais: Johnathan, um excelente lateral vindo do Cruzeiro, sofreu bastante com problemas físicos e contusões. Ainda nao demonstrou tudo que pode, e pouco tem jogado. Danilo, um ótimo jogador de meio campo, tem sido sacrificado nesta posição, mas não comprometeu. Aliás, fez o gol do título. Leo é um ótimo lateral esquerdo e vem jogando muito! Só não é convocado por estar com uma idade já avançada e termos ótimas opções para o setor.

Meio Campo: Ok, todo time, mesmo ofensivo, tem que ter o volante que morde, e Adriano faz essa função. Apesar de não gostar da pouca qualidade técnica, é um mau necessário e vem fazendo muito bem sua função. Arouca deu show na Libertadores e já se fala nele para a seleção. E com justiça. Elano é a eficiência e a entrega de sempre, apesar de ser ofuscado pela genialidade de Ganso, que voltou na final e, se não apareceu muito, foi importante nos momentos decisivos. Temos um camisa 10 garantido pelo menos até a Copa de 2018, se nada der errado. Gostaria nesse tópico de abrir um parentesis para falar de Danilo. Com a concorrência de Arouca e Elano, é difícil, mas esse garoto joga muito. Para mim, teria espaço já na seleção principal e tenho certeza que será um destaque na seleção sub20 que jogará o Mundial. O problema, nesse time do Santos, é quem deveria sair para ele entrar. Eu tiraria o Adriano, e recuaria o Arouca, mas os especialistas xiariam na hora. Bom, não sei como o Muricy vai fazer, mas esse moleque não pode ser reserva.

Ataque: Neymar dispensa comentários. É o craque brasileiro atualmente, e se na Libertadores vem sendo caçado, acho que na seleção, com tantos craques em volta para dividir a atenção dos marcadores, poderá ter mais espaço para brilhar. Acredito que a Copa América será o espaço para ele mostrar de vez ao mundo sua presença. Já o Zé Eduardo, esse sem dúvida é o ponto fraco do time. Não tem inteligência, não tem visão de jogo, não tem presença, não tem precisão, não tem calma. Que bom que ele vai embora. Com um atacante de mais qualidade na frente, com certeza os caminhos do Santos seriam mais fáceis. Uma pena que o Keirrison não correspondeu à expectativa, nem Maikon Leite, nem mais ninguém. Borges chegou e vem fazendo bons jogos com o time reserva, esperamos que ele faça o mesmo com a equipe titular. Mas sabe de quem esse time sente falta? Do André! Acho estranho ninguém no Santos falar nele, seria um ótimo retorno.

Enfim, essa equipe fantástica, com vários ótimos valores individuais e um técnico de primeira linha, tem tudo para fazer um ótimo Mundial de Clubes em dezembro.

E na opinião de vocês, acham que o Santos fará frente ao time do Barcelona? Eu, pessoalmente, acho que jogará muito melhor e tratrá muito mais dificuldades do que aquele timinho alemão que jogou a final da Liga dos Campeões.

E Viva o Santos! Viva o belo futebol!

Obs.: Nosso próximo tema será seleção brasileira! Daniel, que tal escalar sua seleção brasileira ideal para jogar a Copa América? Farei o mesmo! E vamos analisar as chances da seleção canarinho!

domingo, 12 de junho de 2011

Os 4 Grandes do Rio no Brasileirão

 

Início do ano com Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves no Flamengo e Fluminense, o atual campeão brasileiro. Seriam os dois melhores times do Rio, disparados, diziam todos os entendidos. Botafogo e Vasco com dificuldades em contratar, ficariam para trás. E realmente ficaram.

Fluminse com o foco voltado para a Libertadores, foi perdoado pela torcida, e avançou às oitavas com seu técnico Muricy Ramalho. Flamengo, quase sem empolgar, venceu um enfadonho campeonato carioca. De um jeito ou de outro, as previsões estavam se concretizando.

Então, maio veio.

Fluminense começou a jogar mal, a perder. Perdeu o técnico, perdeu jogadores, perdeu dirigentes, perdeu o rumo. A (única) esperança da equipe é a chegada de Abel, que com sua competência e autoridade, pode reverter essa situação.

Flamengo continua sem empolgar. Mas, agora é o Brasileirão, e se não abrir o olho… já viu!

E eis que surge o Vasco. Fazendo pequenas alterações, mas providenciais (saída de Carlos Alberto e do técnico PC Gusmão) e a chegada de Diego Souza, Alecsandro e do técnico Ricardo Gomes mudaram a equipe de uma forma poucas vezes vistas em tão pouco tempo. Passou de saco de pancadas de times pequenos para futebol vistoso, um dos mais vistosos do Brasil, diga-se de passagem. Felipe voltou a jogar bem e o jovem Bernardo destaca-se como um dos mais promissores jogadores. Venceu merecidamente a Copa do Brasil e promete muito para esse Brasileiro. Ainda mais com a chegada de Juninho Pernambucano. Vai dar trabalho esse Vasco da Gama!

Já o Botafogo, meu time de coração, pode surpreender. Ainda não é considerado grande coisa pela mídia, mas a chegada do técnico Caio Jr. já rendeu futebol mais técnico, como é de nossa tradição. A torcida, revoltada com a falta de contratações de alto impacto, começa a aprovar os que vieram. O lateral Cortês, se não é um craque, se empenha taticamente e tem boa velocidade e noção de jogo. E o desconhecido Elkeson se mostra um belíssimo jogador, suprindo a falta de meia-atacantes. As maiores aquisições para o time titular, no entanto, foram o retorno de Maicosuel e Fábio Ferreira, que estiveram ausentes por meses devido a contusões. E, com a chegada dos experientes Renato e Dedê no meio, não sei não, mas vamos estar com uma boa equipe. Até porque, pela primeira vez em anos, vejo garotos da base como Alex, Cidinho e Lucas Zen, sendo aproveitados e jogando bem.

Enfim, o ano que começou com Fla e Flu na frente, pode acabar com Vasco e Botafogo com melhores equipes e mais ponto no Brasileirão.

sábado, 11 de junho de 2011

O Retorno do Vasco da Gama

Clube de Regatas Vasco da Gama, campeão da Copa do Brasil 2011.

Copa essa que merecia ter dois campeões. Se a final não foi um primor de qualidade técnica, foi com certeza o jogo mais emocionante do ano.

O Coritiba merecia o título pelo excelente ano que vem tendo, e por ter jogado melhor no conjunto das finais.

O Vasco mereceu porque se remontou de forma extraordinária depois de um péssimo início de temporada, e porque a torcida merecia ver o time campeão novamente. O último título de primeira divisão do Vasco havia sido o Carioca de 2003. Muitos jovens Vascaínos nunca haviam visto seu time ser campeão.

Alguns vão falar que foi só uma Copa do Brasil, mas é nítido que o título foi apenas o começo da reestruturação do Vasco. Ainda acho que não tem time para ganhar o título do Brasileirão, mas vai brigar do meio pra cima com certeza.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A Vitória do Clubismo

O dia 07 de junho de 2011 ficará marcado pela despedida de Ronaldo, o fenômeno, com a camisa com a qual mais brilhou. A amarelinha da seleção brasileira.

Ronaldo foi um dos três melhores jogadores que vi jogar até hoje. Na minha opinião, está um pouco atrás de Zidane e Romário, e um pouco a frente de Ronaldinho Gaúcho e Lionel Messi, que ainda precisa ganhar algo pela seleção argentina.

Craque, sem dúvida alguma. Considero como as principais marcas de sua carreira o fato de ter se tornado o maior artilheiro da história das Copas, bem como a superação para ultrapassar as graves lesões sofridas em sua trajetória.

Só que, o que eu senti na sua despedida, só consigo definir como “a vitória do clubismo”.

Por ser flamenguista e, também, anti-corintiano, o final de sua carreira no Corinthians e as polêmicas com o Flamengo me fizeram sentir que quem se despedia ontem não era o “Nosso Ronaldo”, o Ronaldo da seleção brasileira. Era “o Ronaldo deles”, o Ronaldo do Corinthians.

Meu flamenguismo transformou o “nosso grande Ronaldo”, apenas no “grande Ronaldo”.

Absurdo? Provavelmente sim. Porém, real.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Dejan Petkovic

Queria escrever um texto grandioso, como justa homenagem ao inesquecível Petkovic.

Não consigo.

Só consigo agradecer.

Pet, obrigado por aquela cobrança de falta mágica contra o Vasco no tricampeonato carioca em 2001.

Pet, obrigado por, aos 37 anos, ser o craque do Hexa em 2009. Maestro de um título que a nação não via a 17 anos.

Pet, obrigado por ser o maior ídolo que tive o prazer de ver jogar no Flamengo, time que amo e torço.

Pet, obrigado!